O indivíduo, a coletividade e o significado de “nós”
Um assunto que nem sempre fez parte da minha “alça de mira” foi a relação entre o indivíduo e a sociedade. Em como tornar mais eficiente a proteção dos interesses e das necessidades individuais ainda que mantidas as necessidades do coletivo, da sociedade.
Minhas pesquisas acabaram levando-me à conclusão que, em um futuro distante, os princípios anarquistas da autogestão, da interdependência, da confederação, da governança solidária e horizontal, do apoio mútuo e da convivialidade pacífica e do diálogo continuado e respeitoso farão parte de uma comunidade humana mais justa, equânime, sustentável e harmônica.
Entretanto, antes que isso seja possível, precisamos definir, juntos, um importante termo que é crucial para a compreensão dos limites dos esforços de cada indivíduo e da sociedade como um todo: o pronome pessoal “nós”.
Quem somos “nós” afinal? Nós enquanto indivíduos, nós enquanto família, nós enquanto vizinhança, cidade, estado, país? Ou nós enquanto “nós” de uma rede que deseja ser tecida e animada continuamente, de forma distribuída e respeitando as capacidades e necessidades de indivíduos, coletivos, espécies, biomas, preservando a diversidade, reconhecendo os limites do planeta e tornando cada vez mais justa e equilibrada a distribuição da riqueza e o desenvolvimento progressivo e usufruto dos bens comuns.
Há um tempo atrás, mais especificamente entre 2008 e 2014, estive profundamente mergulhado em uma iniciativa que chamei de Coolmeia, Ideias em Cooperação: uma Incubadora de Ideias e Soluções Altruístas voltadas ao Bem Comum.
Essa “Rede do Bem Comum” realizou uma centena de projetos no Brasil e teve a honra de ser apresentada, em 2012, como iniciativa inovadora no Fórum Mundial do Capital Social, em Gotemburgo, na Suécia.
Já se imaginou fazendo parte de um coletivo de pessoas dedicadas a pensar as melhores, maiores e mais inovadoras soluções para um mundo que funcione para todos e não para poucos “escolhidos”? Um mundo no qual os seres humanos possam ser livres da servidão voluntária no trabalho, tenham mais capacidade de usufruir de tempo livre e que todos possam estar mais alinhados ao seu propósito e a sua essência, consumam menos e causem menos impacto no ambiente que os cercam?
Se você quer fazer parte dessa tribo, mande um sinal de fumaça: responda a esse e-mail dizendo que quer fazer parte e me mande seu WhatsApp. Quando a Coolmeia voltar às atividades, você vai estar entre as primeiras pessoas a saber!
Porque um Outro Mundo, Melhor, é Possível!
Um abraço carinhoso e fraterno,
Até a próxima terça-feira para mais uma Mensagem em Uma Garrafa.
Namaskar,
Rafael
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