A Coragem de Ser Imperfeito
Você é daqueles que fica embromando por eras para apresentar um trabalho ou projeto porque está sempre buscando mais um detalhe para deixá-lo “perfeito” (aspas bem grandes aqui!) ou é do time da Brené Brown (e do meu), no qual você mete as caras, enfrenta tua vulnerabilidade e se apresenta ao mundo mesmo imperfeito?
Então… Hoje eu tenho programado em mim essa mentalidade do “Antes Feito Que Perfeito”, mas nem sempre foi assim. Vem comigo que lá vem história!
Houve um curtíssimo período da minha vida que o perfeccionismo chegou a um nível absurdo. Lá pelos 11 ou 12 anos (acho, já se passou um tempo), eu tinha a mania de, a cada começo de ano, começar meus cadernos escolares com um “Sistema” criado por mim mesmo que tinha algo como Título em letra de forma, com caneta de cor verde, iniciando a 1 polegada da linha lateral esquerda do caderno. Os subtítulos deveriam ser em caneta vermelha, já em letra cursiva, iniciando a 1 cm da margem esquerda, deixando uma linha em branco do título. Alguns destaques eram escritos em caneta preta e o texto normal em caneta azul. Os parágrafos começavam também a 1 cm da margem esquerda. Entre parágrafos não haviam linhas em branco, mas sempre entre títulos e subtítulos.
E assim o ano começava, maravilhoso e feliz. Até que, em algum momento, eu fazia alguma rasura no caderno. E isso me obrigava a apagar com aquelas borrachas de apagar caneta, ou usar liquid paper. Pronto. Uma imperfeição no caderno. Ah, como isso me incomodava. Às vezes, um dia depois, aquilo ainda me incomodava, e eu rasgava a folha do caderno e passava tudo a limpo de forma a ficar tudo “perfeito” (novamente, grandes aspas aqui!).
OK. Se parasse por aí, nada tão grave assim, né? Então… Mas aí começava a vir, um par de dias depois, a sensação de que, agora, o “caderno” estava imperfeito, porque ele não tinha mais as 50, ou 100 ou 200 páginas originais. E a vontade era começar tudo novamente do zero!
Uou! Enlouquecedor, né? Mas, relaxa: nunca cheguei a fazer isso. Eu ainda guardava comigo meu bom senso e me dava conta que logo ali na frente outros erros iriam aparecer, que eu precisava aprender a lidar com o sentimento de imperfeição e, dali, seguia adiante.
Bom, foi um curto período da vida com essa sensação “atormentadora” de busca da perfeição, mas lembro que foi um sofrimento aparentemente bobo mas que precisei de um tempo para aprender a lidar. Hoje, penso, quantas pessoas ainda não tem as ferramentas para lidar com esse tipo de sentimento e vivem em sofrimento?
É aí que chega nossa autora, Brené Brown, com seu livro “A Coragem de Ser Imperfeito”, no qual ela nos apresenta uma visão acalentadora e inspiradora da vida, que recomendo a todos que venham a conhecer, tão logo quanto possível. Diz a autora:
“Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornarmos perfeitos para entrar na arena da vida, sacrificamos relacionamentos e oportunidades que podem ser irrecuperáveis, desperdiçamos nosso precioso tempo e viramos as costas para os nossos talentos“, e também:
“Viver plenamente quer dizer abraçar a vida a partir de um sentimento de amor-próprio. Isso significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes para acordar de manhã e pensar: ‘Não importa o que eu fizer hoje ou o que eu deixar de fazer, eu tenho meu valor’. E ir para cama à noite e dizer: ‘Sim, eu sou imperfeito, vulnerável e às vezes tenho medo, mas isso não muda a verdade de que também sou corajoso e merecedor de amor e aceitação.’”
E voltamos a você? Já está pronto para apresentar-se ao mundo com todas suas imperfeições e vulnerabilidades? O assunto te interessou? Então te convido a ler mais sobre o assunto lendo o que a Brené tem a falar sobre ele, clicando aqui https://amzn.to/3gOo46s e mergulhando na leitura de A Coragem de Ser Imperfeito.
Boa leitura e até o próximo Mensagens em uma Garrafa, feito de forma imperfeita, mas de coração!
Com todo carinho do mundo, Namastê, Namaskar,
Rafael Reinehr
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