As pessoas pensam que pensam. Isso não é verdade. A maior parte do que passa na cabeça das pessoas é uma espécie de autocrítica ao invés de um pensamento verdadeiro.
O pensar verdadeiro é raro, assim como o escutar verdadeiro. Pensar é escutar a si mesmo. É difícil! Para pensar, você precisa pelo menos articular duas pessoas ao mesmo tempo. Então você precisa deixar que essas duas pessoas discordem uma da outra. Pensar é um diálogo interno entre duas ou mais visões de mundo diferentes. Ponto de vista 1 é um avatar em um mundo simulado. Ele tem suas próprias representações de passado, presente e futuro e suas próprias ideias sobre como agir. Assim também as visões de mundo, os pontos de vista 2, e 3, e 4.
Pensar é o processo pelo qual esses nossos avatares internos imaginam e articulam seus mundos um para os outros. Você não pode ignorar esse processo de debate interno de um ponto de vista com o outro, do contrário você não estará pensando. Você estará racionalizando post-hoc – ou seja – está concluindo algo somente depois que aconteceu, justificando algo racionalmente para atender às suas demandas e não necessariamente à verdade. Você está correspondendo o que você quer contra um adversário fraco, de forma que você não precise mudar de ideia. Você está fazendo propaganda de algo que já está estabelecido na sua mente. Você está usando suas conclusões para justificar suas provas. Você está se escondendo da verdade.
O pensamento verdadeiro é complexo e trabalhoso. Requer que você seja um falante articulado e um ouvinte cuidadoso, razoável e sábio ao mesmo tempo. Envolve conflito. Então você precisa tolerar o conflito. Conflito envolve negociação e compromisso. Então você precisa aprender a dar e tomar e modificar suas premissas e ajustar seus pensamentos, até mesmo as suas percepções do mundo.
Às vezes isso resulta na derrota e na eliminação do seu avatar mais interno, que não gosta de ser derrotado ou eliminado. Foi difícil de construí-lo. Ele tem valor para você. Ele é vivo. E ele quer permanecer vivo. Ele irá LUTAR para permanecer vivo. É melhor escutá-lo. Se não o fizer, ele vai te levar para o subsolo, se transformar em demônios e te torturar.
Por consequência, pensar é emocionalmente doloroso e fisiologicamente demandante. Mais do que qualquer coisa, exceto não pensar. Mas você precisa ser muito articulado e sofisticado para ter tudo isso acontecendo dentro da sua própria cabeça.
E aí, você é desses que pensam que pensa? Como é o seu processo de pensar? Você escuta, reflete, assume esse complexo e trabalhoso processo de ouvir, deixar o conflito se estabelecer na sua mente, negocia, aceita modificar suas premissas e ajusta seus pensamentos ou você já vai disparando sua resposta pronta frente ao diálogo com outra pessoa?
Diz aí! Quero muito saber!
E até a próxima Mensagem em uma Garrafa, estimulando o meu e o seu desenvolvimento rumo à melhor versão de nós mesmos.
A Vida é Curta: Como Adicionar um Senso de Urgência
Hoje nossa carta é dedicada a trazer pra minha e pra sua vida um pouco do que chamo de “Senso de Urgência”, ou seja: a noção de que a vida é curta, passa, e que temos a oportunidade de sorver plenamente a vida ou, se não nos dermos conta, deixar a vida nos levar – nem sempre para os caminhos e rumos que desejamos.
Para isso, hoje, vamos mergulhar um pouquinho no Estoicismo. Vem comigo.
– Uma Definição Simplificada de Estoicismo
É um sistema filosófico que se concentra em separar as coisas que você pode controlar daquelas que você não pode controlar e então te ensina a introduzir em sua rotina diária hábitos que ajudam você a focar a maior parte da sua energia nas coisas que estão sob seu controle.
– Memento Mori
Parte da prática estóica é relacionada a meditar sobre a certeza da morte e encontrar liberdade nela ao invés de ser sobrecarregado por ela.
Pensar sobre a morte destaca a curta duração da vida, a Impermanência da vida, e essa prática dá um senso de urgência para perseguir as coisas que são importantes para nós. Sem esse senso de urgência que acontece quando pensamos sobre a morte, se torna fácil para nós postergarmos as coisas, empurrarmos elas para um “amanhã” indefinido até que seja muito tarde.
– Pensar Sobre Momentos Tristes: Uma Prática Empoderadora
A morte, por exemplo, está fora do nosso controle e acontece a todo mundo.
Mas você pode controlar a forma com que você se relaciona com ela: ao invés de vê-la como um momento de intensa tristeza, torne-a um grande catalisador de ajuda.
– Ao Que Você Resiste Tende a Persistir
Pense sobre como você se relaciona com emoções que você não quer sentir e que você tenta evitar: tristeza ou raiva, por exemplo.
Mas essas emoções “negativas” irão aparecer e quando você as identifica como ruins e tenta recusá-las com toda sua energia, o que acontece é que você acaba dando ainda mais poder a elas.
– Evocar Emoções Tristes Intencionalmente
Buscar gatilhos artísticos para catalisar emoções que você previamente tentou evitar irá ajudar você a se relacionar de forma diferente com eventos como a morte. Isso porque o que você mais provavelmente está aterrorizado não é com a morte em si, mas com o que você está emocionalmente relacionando com o conceito de morte.
Olhar filmes que são amedrontadores, tristes ou depressivos e então contrastá-los com algo que está no oposto do espectro irá te ajudar a entender que esses momentos de tristeza são transitórios e que você também pode desligá-los e ligá-los com gatilhos em seu ambiente.
Um exemplo bem prático: escute uma música de 5 a 10 minutos que seja tocada em uma escala Menor. Escalas menores possuem tipicamente um tom mais melancólico e triste. Depois disso, depois de criar esta “evocação de uma emoção triste”, toque uma música mais positiva, como por exemplo uma Bossa Nova, e você irá perceber que a tristeza é efêmera, transitória. Que você pode modulá-la com o seu ambiente!
– Quanto você pagaria por fazer o que está fazendo no seu leito de morte?
Quando você está vivendo experiências simples, cotidianas, pense: quanto você pagaria por esta experiência daqui a 30, 40, 50 anos ou no seu leito de morte? Coisas simples como brincar com seu cachorro, estar deitado quentinho embaixo dos cobertores ou tomar aquele banho gostoso? Pense de verdade no valor que você pagaria, se você estivesse encaminhando-se para a morte e não poderia mais fazer isso.
E você? Como você faz para sentir que sua vida está sendo bem vivida? E como acha que pode melhorar ainda mais? Compartilha comigo aqui no e-mail! Estou te ouvindo!
E até a próxima semana para mais uma *Mensagem em Uma Garrafa*, nosso espaço intimista de Autoconhecimento, Crescimento Pessoal e Transcendência para uma vida com mais leveza, propósito, sabedoria e felicidade!
Recentemente, vi um vídeo do bilionário Richard Branson chegando ao espaço com sua empreitada chamada Virgin Galactic. Uma semana depois, o bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon e dono de uma fortuna de mais de 200 bilhões de dólares, também fez um vôo espacial suborbital com sua nave New Sheppard, pela sua empresa Blue Origin. Assim como o também bilionário Elon Musk, da Space X, todos estão em busca de desenvolver viagens comerciais suborbitais e orbitais ao espaço, como forma de desbravar este ainda não tão concorrido “nicho de mercado”.
Quanto me lembro da minha infância e pré-adolescência, nos anos 80, recordo que adorava ler livros de ficção científica, entre eles os livros de Isaac Asimov e a série alemã Perry Rhodan (essa série de “novelas” de ficção científica iniciadas em 1961 acabou tendo sucesso tão duradouro que produziu mais de
2300 edições! É claro, como cidadão do pequeno município de Agudo, tive acesso a uma pequenina amostra dessas publicações, na Biblioteca Pública do Município, junto à Praça da Emancipação.
Enquanto seriados como Star Trek (Jornada nas Estrelas) anteciparam visões de futuro que ainda estão distantes, como naves espaciais intergaláticas e tele-transportadores, desenhos animados como The Jetsons mostraram tecnologias que já existem ou são profusamente utilizadas hoje em dia, como o smartwatch, chamadas de vídeo, tvs de tela plana, tablets, esteiras rolantes, assistente pessoal, despertadores com comando de voz, robôs que limpam a casa e muito mais!
E a possibilidade de viajar para o espaço e olhar para a Terra, nossa casa, lá de cima, chama tua atenção? Quanto você estaria disposto a pagar por uma passagem até a órbita da Terra e um final de semana em uma Estação Espacial? Você consegue perceber que estamos a apenas um par de décadas (ou até menos) de uma realidade como essa? Já está de malas prontas ou esse tipo de “aventura” não é pra você?
Eu adoraria saber mais sobre o que você pensa! Aguardo tua mensagem!
E nós nos vemos na próxima terça, para mais uma Mensagem em Uma Garrafa!
Acho que eu ainda não te contei, mas inventei uma coisa chamada “Dia Fora do Tempo”.
Na verdade, esse termo já é utilizado pelo pessoal do Sincronário da Paz, criado por José Argüelles, inspirado na contagem de 260 dias da antiga civilização maia. Nessa Matriz Tzolkin , você encontra o seu Kin (o meu, a propósito, é Mago Espectral Branco. Qual é o seu?
Ao analisar o Calendário do Sincronário das 13 Luas de 28 Dias, você perceberá que o dia 25 de julho (sempre ele!) é considerado um Dia Fora do Tempo .
Para Argüelles, o Dia Fora do Tempo age como uma pausa interdimensional entre um ano e outro (um respiro entre os giros), e também simboliza a harmonia e a evolução em um vórtice espiral, que evita a estagnação planar do tempo (se visualizado espacialmente).
Ôxe! Complicado isso, né? Tudo bem se você não entendeu de cara. Muitas vezes, é preciso aprender algo, deixar assentar o novo conhecimento, para então ser possível assimilar adequadamente. Mas não desista: se chamou sua atenção, siga estudando. Geralmente vale muito a pena!
De toda forma, para mim, o Dia Fora do Tempo ao qual me refiro no título, é algo mais simples, e relacionado à minha própria vida: é um dia no mês no qual eu paro as atividades normais (trabalho, família) e dedico-me exclusivamente a mim. Separo um tempo para realizar aquelas coisas que estão pulsando dentro de mim e que quero semear, polinizar, destilar, criar.
Meu primeiro Dia Fora do Tempo foi dia 23 de junho de 2021. Nesse dia, isolei-me em uma cabana perto da natureza no distrito de Recanto Maestro e passei das 8 da manhã às 18h em imersão completa comigo mesmo. Foi um dia de muita introversão, consegui encontrar em mim o sentido que busco para vida. Ou melhor: renovei em mim este encontro e esta ciência, que carrego comigo todos os dias. Foi também um dia para ler, meditar, escrever, comer bergamota colhida do pé, observar a chuva e recarregar as energias para a missão que me espera ao longo da vida que ainda tenho.
No segundo Dia Fora do Tempo, dia 20 de julho de 2021, desta vez acompanhado de minha esposa, tomei um café delicioso, aproveitei para criar esta Mensagem em Uma Garrafa, meditei, escrevi (muito) em meu Diário de Evolução Pessoal (Livre fluxo, Diário de gratidão, Sankhalpa (intenção para o dia), Big 3 e Coisas a melhorar – oportunamente, explico melhor esses “blocos” do meu DEP, criei roteiros para um vídeo para o Instagram sobre Autoconhecimento e para o Youtube sobre Alinhamento da Nossa Essência com nosso Propósito – que irá virar em breve um MiniWorkshop e estará disponível para o público em geral em breve e, principalmente, criei o conteúdo de Pranayamas para o Programa de 10 Semanas para um Sono Melhor que pretendo lançar em breve.
Ou seja, conciliei momentos de pura introspecção, relaxamento e autoconhecimento e momentos de intensa criação de material para ajudar outras pessoas em seus próprios processos de crescimento pessoal e desenvolvimento humano.
Em dias assim, é onde me sinto aproveitando ao máximo a energia vital que percorre meus nadis. É quando me sinto rico e bem sucedido. É quando estou em paz, equilibrado e em harmonia comigo mesmo, com a minha essência.
O plano? O plano é trazer ainda mais equanimidade e bem-estar para minha vida organizando-a para que estes “Dias Fora do Tempo” possam ser, dentro de algum tempo, semanais e, à medida em que a vida se desenrola e evolui, ainda mais frequentes.
E você? Tem algo parecido para chamar de seu? Consegue separar dias ou pelo menos algumas horas ao longo da sua semana que podes chamar de seu “Tempo Sagrado“?
Que você esteja bem, até a próxima Mensagem em Uma Garrafa.
A Medicina de Precisão e a Detecção Precoce do Câncer
Todos sabem que a prevenção é a melhor forma de evitar desfechos não agradáveis para nossa saúde. Para além da prevenção, a detecção precoce é a única forma verdadeiramente eficiente para reduzir a mortalidade do câncer (pelo menos por agora).
O problema é que não temos uma quantidade satisfatória de ferramentas de rastreamento que podem detectar o câncer precocemente, antes que ele tenha se espalhado para os linfonodos ou disseminado metástases, por exemplo.
Para que você possa ter uma ideia sobre o quão importante a detecção precoce é, a sobrevida em 5 anos para um câncer de mama é de 92% se diagnosticada antes de ter espalhado para os linfonodos (Estágio I) e de apenas 9% se já existirem metástases à distância (Estágio IV).
Recentemente, um novo exame do tipo “biópsia líquida”, que utiliza fragmentos de cfDNA (ou DNA livre de células) conseguiu detectar até 50 tipos de câncer e foi capaz de determinar o órgão de origem do tumor com uma acurácia próxima a 90%.
Esse teste, baseado em uma amostra simples de sangue, consegue detectar o câncer com uma quantidade menor de células cancerígenas presentes e, assim, em estágios mais precoces da doença.
Uma das limitações atuais do teste é que o seu Valor Preditivo Positivo, por enquanto, é de apenas 55% (ou seja, em caso de teste positivo, somente 55% dos casos realmente tinham câncer), mas seu valor reside no seu altíssimo Valor Preditivo Negativo, pois 99% das pessoas que testaram negativo realmente não tinham câncer em seus corpos.
Não é meu objetivo aprofundar-me em bioestatística aqui, mas é importante salientar que estes resultados se modificam de acordo com a probabilidade pré-teste, a prevalência da doença na população, faixa etária estudada, etc.
Conclusão do momento: por hora, são necessários mais estudos, com amostras e populações diversas para confirmar a viabilidade de um teste assim, mas o horizonte científico fica um pouco mais generoso e leve ao perceber que estamos caminhando para um mundo no qual poderemos – aplicando conceitos oriundos da Medicina de Precisão – detectar precocemente doenças tão severas e capazes de gerar sofrimento e o encurtamento de nossa experiência nesta vida.
De todo modo, fica a mensagem: a forma mais eficaz de reduzir a incidência e a mortalidade pelo câncer e por várias outras patologias (como as doenças cardiovasculares) é a prevenção: Alimentação, Atividade Física (Movimento), Atividades de Modulação do Estresse, Adormecer (Sono adequado), Alinhamento com nossa Essência, Boas Relações em nossos círculos pessoais e profissionais e a prática do Silêncio, reduzindo nosso ritmo sempre que possível, permitindo ao corpo que descanse.
Que você esteja bem, com carinho,
Rafael Reinehr.
Cinco coisas rápidas:
1. O MIT explica porque maus hábitos são difíceis de quebrar.
Uma explicação neurocientífica sobre o porquê de ser tão difícil quebrar velhos hábitos. (em ingês)
Referência de um artigo de revisão sobre Ayurveda e distúrbios ginecológicos (em inglês). PS: Você consegue a versão na íntegra deste estudo no Sci-Hub
Como foi tua semana? Mágica? Interessante? Cansativa? Normal?
Por aqui, sempre tem Novidade! Se eu te disser que passei uma semana igual à anterior, vou estar mentindo, pois sempre tem duas coisas acontecendo, simultaneamente e a qualquer tempo comigo:
– Estou Aprendendo
– Estou Criando
É da Alquimia entre o que aprendo e o que crio que faço esta vida valer a pena para mim. E é justamente em função disso que, a partir de hoje, trago pra você uma novíssima novidade!
A partir dessa edição o Mensagens em Uma Garrafa que vou trazer para você terá uma nova seção aqui na nossa missiva semanal: as “Cinco Coisas Rápidas“.
Isso! Você já está acostumado(a) com o artigo (ou mensagem) da semana e, logo abaixo, os últimos vídeos que gravei para o Youtube, certo? Mas tem muito outro conteúdo que eu criei ou então que eu amei ter aprendido sobre ao longo da semana.
E é nessa seção que vou compartilhar contigo. Basicamente, será um link e uma pequena descrição para que você possa saber do que se trata e, assim, decidir se quer saber mais sobre o assunto.
Atenção: nem sempre o conteúdo selecionado estará em língua portuguesa! Hoje em dia, com ferramentas de tradução online, não há desculpa para quem quiser aprofundar-se mais em um assunto! É só copiar e colar o texto no Google Tradutor e pronto! O texto está muito bem traduzido! Preguiçosos de plantão: mexam-se!
Sem mais delongas então, vamos encerrando esta mensagem e te convidando a conhecer, logo abaixo as Cinco Coisas Rápidas que criei, amei ou que chamaram minha atenção nessa semana que passou!
Com carinho,
Rafael Reinehr
Cinco coisas rápidas:
1. Controlando a Mente do Macaco, de Yongey Mingyur Rinpoche.
Um texto sobre técnicas de meditação diárias simples especialmente benéficas para artistas e similares.
Artigo da Angela Duckworth (Garra), sobre estratégias para reduzir nossas falhas em relação ao nosso Autocontrole (em inglês) – Beyond Willpower: Strategies for Reducing Failures of Self Control.
3. Yoga Sutras, I:17 e 18: Tipos de Concentração, por Swami Jñaneshvara Bharati.
Fundamentado na prática (abhyasa) e no não-apego (vairagya) (1.12-1.16), o meditador se move sistematicamente para o seu próprio interior, através dos quatro níveis, ou estágios, de concentração em um objeto (1.17) e depois avança para o estágio de concentração sem objeto (1.18).
4. Poluição luminosa noturna e sub-exposição diurna à luz do sol.
Um artigo que mostra que estes são fatores de risco para várias doenças entre elas doenças cardiovasculares e câncer (em inglês) – Nocturnal light pollution and underexposure to daytime sunlight: Complementary mechanisms of circadian disruption and related diseases.
5. A nova turma do Clube do Livro, que começa no próximo dia 26/07. Estaremos mergulhando na leitura do livro Foco, de Daniel Goleman, durante 8 encontros quinzenais, sempre nas segundas, das 20h às 21h30.
Já não é a primeira vez que penso sobre este assunto, mas dessa vez resolvi compartilhar meus pensamentos com vocês, nobres navegadoras e navegadores desse mar da Vida.
Com alguma frequência, ficamos abismados, assombrados até com o grau de “impermeabilidade” que o óleo de peroba traz para a cara de pau dos políticos que foram alçados ao poder pela população brasileira.
Restringindo-me ao contexto contemporâneo – sem passar pano para governos anteriores – as denúncias de corrupção na “farra da Covaxin”, que seria comprada a um valor quase 5 vezes maior de uma empresa indiana do que a primeira proposta de uma consolidada empresa multinacional, com a diferença é que, neste negócio, 1 dólar por vacina seria escusamente “desviado” para contas particulares de membros do governo (façam as contas: 200 milhões de doses, 200 milhões de dólares surrupiados dos cofres públicos).
Além disso, a descoberta (nada nova, na verdade, apenas a confirmação) de casos de nepotismo velado (emprego de cônjuge de familiares) que eram obrigados a devolver até quase 90% do valor que recebiam, como funcionários fantasmas, no gabinete do então Deputado Jair Messias Bolsonaro…
Mas minha reflexão não quer focar nos casos de corrupção nos governos federais, estaduais ou municipais. Em tempo de pandemia, sabemos que esta corrupção é endêmica e tacitamente “aceita” em nosso país. É considerada “parte da engrenagem” e ainda não conseguimos construir mecanismos adequados para combatê-la, pois todos os poderes estão envolvidos…
Minha reflexão quer, isso sim, focar nas micro e pequenas corrupções que nós mesmos praticamos todos os dias ou, pelo menos, eventualmente. Aquelas atitudes antiéticas – ou até mesmo ilegais – que costumam ser culturalmente aceitas e ter sua gravidade ignorada ou minimizada.
Aquele furar a fila, comprar produtos falsificados, falsificar carteirinha de estudante, colar na prova, tentar subornar o guarda para evitar a multa, roubar TV a cabo, bater o cartão ponto de colega de trabalho que não compareceu, apresentar atestado médico falso, não emitir nota fiscal, passar os pontos da CNH para outra pessoa, estacionar em vagas especiais, aceitar troco a mais e tantas outras “coisinhas”…
As pequenas corrupções, podem ter um custo gigantesco para uma sociedade, ainda maior do que as grandes corrupções que identificamos em nosso meio político. Não acredita? Vou te contar uma história:
Em um experimento apresentado no documentário “(Dis)Honesty”, milhares de pessoas foram convidadas a preencher um teste com 20 questões de matemática básica em 5 minutos.
Após conferir o gabarito, os participantes deveriam triturar a prova e apenas depois disso informar seu desempenho ao pesquisador. Para cada resposta certa, o voluntário recebia 1 dólar. Ou seja, tudo dependia da honestidade da pessoa.
Mas tinha um detalhe: o triturador destruía apenas as laterais das folhas de resposta, permitindo que os investigadores conferissem o real desempenho de cada voluntário. O que descobriram?
7 em cada 10 participantes afirmaram ter acertado mais questões do que realmente acertaram, apenas para conseguir mais dinheiro.
E não é só isso. Entre os que mentiram, foram identificados dois grupos:
Grandes Mentirosos, que afirmaram ter acertado todas as questões. Total de grandes mentirosos: 20 participantes.
Pequenos Mentirosos, que exageraram menos ao informar seu desempenho. Total de pequenos mentirosos: 28 mil participantes.
Quem custou mais? Os grandes mentirosos custaram ao estudo (e ao sistema) 400 dólares. Os pequenos mentirosos custaram 50 mil dólares.
Conclusão: pequenas corrupções podem causar grande impactos. (Fonte: politize.com.br)
E então… Se pararmos para pensar em todas essas situações nas quais tiramos proveito de alguma situação, em todas elas inventamos uma desculpa para justificar o erro.
E o que isso tem a ver com a corrupção na política? Bem, nossas atitudes surtem efeitos na sociedade como um todo. Aqueles que estão em volta, podem repercutir e copiar nossas ações. O resultado disso é um ciclo vicioso cujo resultado pode ser tão ou mais danoso do que qualquer grande escândalo de corrupção em Brasília.
E, quando praticamos pequenos atos de corrupção, estamos legitimando a corrupção que acontece em escalões maiores. Se existe uma cultura de aceitar pequenas corrupções e tendemos a torná-los “irrelevantes”, a sociedade se torna cada vez mais propícia à corrupção.
E aí? Faz sentido para você? Que pequeno ato de corrupção você se compromete a interromper HOJE para tornar nossa sociedade Cada Vez Melhor?
Um grande abraço e até a próxima Mensagem em uma Garrafa.
Com carinho,
Rafael Reinehr
Últimas da Semana Que Passou…
Introdução para um Conjunto de Regras Para a Vida | 025 Cada Vez Melhor
Impermanentes #044 – Rafael Reinehr – “Equipamentos e Acessórios para Meditação” – 11/07/2021
“Por tão poucos terem tanto é que tantos têm tão pouco” – Eduardo Marinho.
É com esta frase do Eduardo Marinho que quero começar nossa conversa de hoje. Esperançosamente, você acompanhou minha Live de 45 Anos – Rumo aos 180! no dia primeiro de julho, no qual contei um pouquinho da minha história de vida e trajetória até aqui, não é?
Nessa história, te contei um pouco sobre a minha “Afrodite de Ouro”, como diziam os gregos, essa espécie de “juventude interna” que permite com que eu esteja sempre aberto, sempre disposto a aprender um pouquinho mais.
E se eu puder compartilhar contigo uma riqueza, seria esta: é essa capacidade de permanecer sempre aberto ao aprendizado, de não encerrar-se em um “eu sei de tudo” ou “eu já sei o suficiente” que me traz o equilíbrio e a humildade de me colocar em perspectiva com o conhecimento, a sabedoria – inata ou adquirida – de outras pessoas e estar disposto a co-criar realidades melhores para mim e para todos que me cercam.
Contei também sobre meu “renascimento”, em 2 de junho de 2021, às 7:22 da manhã quando, em uma epifania, descobri que sou um “Alquimista de Possibilidades”, e como isso vai acelerar as mudanças necessárias para uma conexão ainda maior com minha essência – aspecto fundamental para uma vida plena, equânime e harmônica.
Como expliquei na Live, no meu caso, me reconheço como Alquimista pois tenho dentro de mim a polimatia, a busca de me aprofundar nos temas que estudo e pratico de forma muito clara e presente. Medicina, Filosofia, Ciências Sociais, Ciências Naturais, Política, Economia, Arte, Antropologia, Permacultura, Anarquia, Meditação, Mindfulness, Aromatologia, Ayurveda, Yoga, Autoconhecimento, Crescimento Pessoal, Transcendência, Bem Comum… Todos esses assuntos me interessam profundamente e busco criar, a cada dia que acordo, um amálgama de todas elas, uma “poção mágica”, uma espécie de “Elixir da Vida Melhor para Todos”, atrás do qual sigo, incansável – e me arrisco a dizer – seguirei até o último dia da minha vida.
E você? Tem feito o exercício de se reconectar com tua essência? Tem vivido teus dias alinhado(a) aos teus mais altos valores? Tens te movido de forma desperta e consciente ou, na maior parte das vezes, no “automático”, sem sorver a vida adequadamente e sem caminhar de acordo com a pessoa que você deseja e merece ser?
Gostaria que eu escrevesse um pouco sobre isso? Sobre como podemos fazer para descobrir nossos mais altos valores e como fazer para nos alinharmos com nossa essência? Sim? Então responda a esse e-mail se o assunto te interessa, e vou preparar algo bem especial pra você!
E aquela frase lá do começo? “Por tão poucos terem tanto é que tantos têm tão pouco“. Faz sentido pra você? Pra mim faz. E é por isso que incluo na minha missão de vida acordar já pronto para pensar e criar um mundo que funcione não somente para mim e minha família, mas que funcione para todos, para 100% da humanidade. Singrando os mares da vida, na tempestade das incoerências, vamos manejando o timão para acertar o prumo e o rumo.
Que a vida seja tão mais significativa quanto mais e mais percebermos o outro como parte indissociável da nossa própria humanidade.
Uma ótima semana a você e até a próxima Mensagem em Uma Garrafa.
Com carinho, Namaskar.
Rafael
As Últimas da Semana Que Passou…
Você como Seus Três Heróis – 366 Dias de Crescimento – Dia 365
01 de julho de 2021 – 45 anos (um quarto de vida) – 366 Dias de Crescimento – Dia 366
1 de julho de 2021 – Meus 45 Anos de Vida: Rumo aos 180! [LIVE]
Impermanentes #043 – Cláudia Alexandra – “Meditação com Mantras” – 04/07/2021
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