Bom dia eterno navegante! Você já acordou em algum dia sentindo que sua vida podia ser muito mais… excitante… feliz… saudável… tranquila… significativa… equilibrada… épica… memorável… valorosa… (escolha aqui outro adjetivo)… do que é agora?
Eu já! Na verdade, esse pensamento está comigo desde que me lembro. Desde a mais tenra época da formação da minha identidade, na transição entre a pré-adolescência e a adolescência. Naquela época, é fato, de forma bem rudimentar. Mas já estava lá.
Nestes anos todos, muitas conquistas, frustrações e aprendizados depois consegui uma boa dose de equilíbrio entre esse desejo de aprendizado constante e de uma vida “mais” e uma vida “suficiente” – não no sentido de pasmaceira ou de resignação, mas de contentamento genuíno com as conquistas do momento. E isso é libertador: buscar um aperfeiçoamento constante sem estar estressado ou em perpétua inquietação na busca. Sem estar descontente com a “incompletude” (que é infinita, sempre existirá, enquanto estivermos “em busca”).
Se a vida fosse “mais” do que é agora… …será que ela seria melhor? Não necessariamente. A felicidade não está na ausência completa de tristeza, tampouco na alegria contínua. Ela está no meio do caminho. Em reconhecer que o mundo é cheio de tristezas e desventuras não só pessoais mas também do outro, do mundo.
Enquanto vivemos em um mundo no qual existem pessoas na miséria, em situação de trabalho escravo, passando fome, precisando refugiar-se de guerras, pessoas destruindo a natureza, não é incomum nos sentirmos tristes mesmo com muitos motivos para agradecer. Perceber a tristeza do mundo não nos torna infelizes, apenas mostra que você está acordado. E fazer algo quanto a isso, mostra que você está desperto.
E não se sinta obrigado a fazer algo pelo mundo. Comece fazendo algo por si mesmo. E quando estiveres pronto, terás condições de atender ao Chamado por algo maior que você.
Na próxima semana, nos dias 22 e 24 de Setembro, estará nascendo Pratirup! – Um Conjunto de Princípios para a Vida. Será um Mini Workshop com duração de 2 horas na qual irei te conduzir por uma metodologia ancestral, testada ao longo dos séculos e adaptada ao mundo contemporâneo, para conectar você ao seu conjunto de propósitos mais valiosos.
Ao final de 2 horas, você saberá quais são os passos que precisas dar para que sua vida esteja alinhada à sua mais profunda essência e o que você precisa fazer para que, quando acordar no próximo dia, você não perca mais nenhum dia da sua vida com autossabotagens, procrastinação e tempo desperdiçado.
Com uma poderosa técnica que será apoiada pelo nosso Workbook (Livro de Trabalho) de 30 Páginas – ao qual você receberá acesso dentro do Workshop – ao conduzir você por 3 perguntas simples que englobam as 6 principais áreas da sua vida – construiremos uma Carta de Princípios, ou um “Conjunto de Princípios para a Vida – Pratirup“, uma ferramenta que você poderá imprimir e deixar em seu Diário ou colocar na tela de seu computador ou celular, para lhe inspirar e guiar seus dias.
Os ingressos para os dois dias de evento, Quarta, dia 22/09/21 (Início da Primavera no Hemisfério Sul), às 20:20 ou Sexta, dia 24/09/21, também às 20:20 já estão à disposição no Blinket (links e valores abaixo – descontos para os primeiros lotes!).
E, para celebrar esse nascimento, você está convidado a participar de Três Lives com convidados especialíssimos ao longo da Semana de Nascimento, lá no meu Instagram, em @dr.rafaelreinehr. Confere só a Agenda:
Dias 20 e 21, as Lives serão às 19:20 e no dia 23 às 20:20. Anote na sua agenda.
As datas, horários e valores do MiniWorkshop são os seguintes.
Por quê seu Cérebro Permanece em Tarefas Não Finalizadas
Boa noite, queridos habitantes dessa vida singular!
Hoje vou contar uma história sobre o porque é importante ter um sistema que organize suas tarefas, para que elas não fiquem empilhadas em sua mente!
O cérebro é obcecado por tarefas não finalizadas
Quando nós temos tarefas não finalizadas, nós pensamos sobre elas continuamente. Mas no momento em que elas são completadas, nós esquecemos delas. Se nós temos algum e-mail não lido, nós constantemente ficamos imaginando o que ele diz. Mas uma vez que tenhamos lidado com ele, nós com frequência nem conseguimos lembrar dos detalhes dele.
O nome desse fenômeno é chamado de Efeito Zeigarnik, nomeado em homenagem à psicóloga russa Bluma Zeigarnik.
Tarefas incompletas: O que acontece dentro do cérebro
Uma vez que nosso cérebro recebe informações, ele temporariamente armazena memórias sensoriais (visão, audição, olfato, paladar e toque). Se prestarmos atenção à informação, ela se move para nossa memória de curto prazo.
Se a tarefa é incompleta, nossos cérebros não podem deixá-la ir até que seja completada. Eis porquê os dramas da TV usam momentos de angústia para terminar os episódios.
Como capitalizar sobre o Efeito Zeigarnik
– Reduza sua tendência a procrastinar: Se você tem uma tarefa que anda evitando, comece com a menor coisa a ser feita. O desejo de fechar o loop irá ajudar você a tomar pequenos passos para concluí-la.
– Faça as pessoas notarem o que você está dizendo: Tente usar elipses ao invés de uma ponto final em seu título, para que o leitor sinta que existe “mais ali”.
– Memorize mais informações: Quebre sua informação em partes. Ou espalhe seu aprendizado ao longo de vários dias.
– Lembre-se de nomes difíceis: Aprenda uma parte do nome, então volte para a segunda parte quando você terminou de memorizar a primeira.
Então, apesar de alguns pontos positivos relacionados a esta característica do cérebro (como os vistos acima), na maior parte do tempo ficamos “ocupando capacidade de processamento” do nosso cérebro com tarefas não finalizadas e isso pode nos trazer cansaço e estresse, o que não é nada bom.
Então, cada vez que você tiver uma tarefa pela frente, coloque ela dentro de uma das minhas 4 pastinhas de ação do método CADÊ! (explico ele melhor para minha turma do Cada Vez Melhor): Conclua, Automatize, Delegue ou Exclua. Lembra que citei o Obsidian no último Cinco Coisas Rápidas? Ele é ótimo para essa organização, assim como o Notion que estou usando agora para escrever estas linhas!
E limpe o caminho para que seu cérebro tenha mais espaço para criatividade e inovação.
Um abraço e até o próximo Mensagem em uma Garrafa!
A foto de hoje é um Risoto de melancia, Congrio ao pesto de pistaches à siciliana, Ragu do cogumelos, Salada de repolhos roxos à moda basca e Mix de verdes. Bon apetit!
As Últimas da Semana Que Passou…
Lidando com os incômodos da vida | 032 Cada Vez Melhor
Impermanentes #051 – Cláudia Alexandra – “Meditação Metta” – 05/09/2021
À medida em que o mundo se torna complicado e estressante, é cada vez mais comum ficar incomodado com as pequenas coisas, como um cachorro latindo do lado de fora, ou por alguém que nos faz um comentário.
Seria fantástico se as pessoas e as coisas ao nosso redor mudassem de acordo com o nosso desejo sobre como elas fossem, mas não é assim que o mundo funciona.
Esperando Para Ser Feliz
Esperar para ser feliz quando tudo e todos estiverem exatamente de acordo com o que queremos que estejam é a forma mais fácil de permanecer infeliz e frustrado.
Você esperaria por todas as luzes ficarem verdes na sua rota antes de acelerar seu carro? Isso é exatamente o que fazemos quando dependemos de outras pessoas, eventos e circunstâncias ficarem certas para nós para começar a ser feliz.
A Razão dos Nossos Incômodos
– Nossos incômodos vem de como nós percebemos e interpretamos o mundo ao nosso redor.
– Quando as pessoas ao nosso redor não se comportam como nós desejamos, nós achamos isso irritante.
– O mundo usualmente não é como nós queremos que seja, e isso é frustrante.
– Essa constante expectativa nos torna infelizes, machucando nossos relacionamentos e afetando nosso trabalho.
A Meditação de 10 Segundos para Remover Nosso Incômodo
Quando alguém se sente machucado ou com dor, uma simples meditação pode ser praticada para nos curar emocionalmente.
1. Sente-se em silêncio e tente aquietar a mente.
2. Perceba e sinta o que é a irritação ou mágoa que está sendo sentida naquele momento.
3. Declare a si mesmo com bondade genuína que você irá encontrar o fim para essa dor e ser feliz.
4. Deseje felicidade para si mesmo, repetindo esse desejo com total convicção.
5. Repita até que surta efeito.
Hoje começo a “incrementar” um pouquinho mais o Mensagens em Uma Garrafa. Todas as semanas, eu incluo uma imagem ali em cima no cabeçalho. A partir desta semana, vou incluir uma foto tirada por mim, não uma foto retirada de algum repositório de banco de imagens da internet.
Antigamente, eu tinha uma seção no meu blog (e também uma lista de e-mails) chamada Fotos de Quinta Categoria enviadas todas as Quintas-feiras. O Mensagens em Uma Garrafa é enviado sempre às terças-feiras, mas vou continuar com a brincadeira e chamar minhas fotos ali de cima de Fotos de Quinta, tá bem?
Espero que você goste!
Caso vá utilizar a imagem em algo, por favor dê o crédito e coloque o link para https://reinehr.org
Obrigado!
As Últimas da Semana Que Passou…
Lidando com os incômodos da vida | 032 Cada Vez Melhor
As pessoas pensam que pensam. Isso não é verdade. A maior parte do que passa na cabeça das pessoas é uma espécie de autocrítica ao invés de um pensamento verdadeiro.
O pensar verdadeiro é raro, assim como o escutar verdadeiro. Pensar é escutar a si mesmo. É difícil! Para pensar, você precisa pelo menos articular duas pessoas ao mesmo tempo. Então você precisa deixar que essas duas pessoas discordem uma da outra. Pensar é um diálogo interno entre duas ou mais visões de mundo diferentes. Ponto de vista 1 é um avatar em um mundo simulado. Ele tem suas próprias representações de passado, presente e futuro e suas próprias ideias sobre como agir. Assim também as visões de mundo, os pontos de vista 2, e 3, e 4.
Pensar é o processo pelo qual esses nossos avatares internos imaginam e articulam seus mundos um para os outros. Você não pode ignorar esse processo de debate interno de um ponto de vista com o outro, do contrário você não estará pensando. Você estará racionalizando post-hoc – ou seja – está concluindo algo somente depois que aconteceu, justificando algo racionalmente para atender às suas demandas e não necessariamente à verdade. Você está correspondendo o que você quer contra um adversário fraco, de forma que você não precise mudar de ideia. Você está fazendo propaganda de algo que já está estabelecido na sua mente. Você está usando suas conclusões para justificar suas provas. Você está se escondendo da verdade.
O pensamento verdadeiro é complexo e trabalhoso. Requer que você seja um falante articulado e um ouvinte cuidadoso, razoável e sábio ao mesmo tempo. Envolve conflito. Então você precisa tolerar o conflito. Conflito envolve negociação e compromisso. Então você precisa aprender a dar e tomar e modificar suas premissas e ajustar seus pensamentos, até mesmo as suas percepções do mundo.
Às vezes isso resulta na derrota e na eliminação do seu avatar mais interno, que não gosta de ser derrotado ou eliminado. Foi difícil de construí-lo. Ele tem valor para você. Ele é vivo. E ele quer permanecer vivo. Ele irá LUTAR para permanecer vivo. É melhor escutá-lo. Se não o fizer, ele vai te levar para o subsolo, se transformar em demônios e te torturar.
Por consequência, pensar é emocionalmente doloroso e fisiologicamente demandante. Mais do que qualquer coisa, exceto não pensar. Mas você precisa ser muito articulado e sofisticado para ter tudo isso acontecendo dentro da sua própria cabeça.
E aí, você é desses que pensam que pensa? Como é o seu processo de pensar? Você escuta, reflete, assume esse complexo e trabalhoso processo de ouvir, deixar o conflito se estabelecer na sua mente, negocia, aceita modificar suas premissas e ajusta seus pensamentos ou você já vai disparando sua resposta pronta frente ao diálogo com outra pessoa?
Diz aí! Quero muito saber!
E até a próxima Mensagem em uma Garrafa, estimulando o meu e o seu desenvolvimento rumo à melhor versão de nós mesmos.
A Vida é Curta: Como Adicionar um Senso de Urgência
Hoje nossa carta é dedicada a trazer pra minha e pra sua vida um pouco do que chamo de “Senso de Urgência”, ou seja: a noção de que a vida é curta, passa, e que temos a oportunidade de sorver plenamente a vida ou, se não nos dermos conta, deixar a vida nos levar – nem sempre para os caminhos e rumos que desejamos.
Para isso, hoje, vamos mergulhar um pouquinho no Estoicismo. Vem comigo.
– Uma Definição Simplificada de Estoicismo
É um sistema filosófico que se concentra em separar as coisas que você pode controlar daquelas que você não pode controlar e então te ensina a introduzir em sua rotina diária hábitos que ajudam você a focar a maior parte da sua energia nas coisas que estão sob seu controle.
– Memento Mori
Parte da prática estóica é relacionada a meditar sobre a certeza da morte e encontrar liberdade nela ao invés de ser sobrecarregado por ela.
Pensar sobre a morte destaca a curta duração da vida, a Impermanência da vida, e essa prática dá um senso de urgência para perseguir as coisas que são importantes para nós. Sem esse senso de urgência que acontece quando pensamos sobre a morte, se torna fácil para nós postergarmos as coisas, empurrarmos elas para um “amanhã” indefinido até que seja muito tarde.
– Pensar Sobre Momentos Tristes: Uma Prática Empoderadora
A morte, por exemplo, está fora do nosso controle e acontece a todo mundo.
Mas você pode controlar a forma com que você se relaciona com ela: ao invés de vê-la como um momento de intensa tristeza, torne-a um grande catalisador de ajuda.
– Ao Que Você Resiste Tende a Persistir
Pense sobre como você se relaciona com emoções que você não quer sentir e que você tenta evitar: tristeza ou raiva, por exemplo.
Mas essas emoções “negativas” irão aparecer e quando você as identifica como ruins e tenta recusá-las com toda sua energia, o que acontece é que você acaba dando ainda mais poder a elas.
– Evocar Emoções Tristes Intencionalmente
Buscar gatilhos artísticos para catalisar emoções que você previamente tentou evitar irá ajudar você a se relacionar de forma diferente com eventos como a morte. Isso porque o que você mais provavelmente está aterrorizado não é com a morte em si, mas com o que você está emocionalmente relacionando com o conceito de morte.
Olhar filmes que são amedrontadores, tristes ou depressivos e então contrastá-los com algo que está no oposto do espectro irá te ajudar a entender que esses momentos de tristeza são transitórios e que você também pode desligá-los e ligá-los com gatilhos em seu ambiente.
Um exemplo bem prático: escute uma música de 5 a 10 minutos que seja tocada em uma escala Menor. Escalas menores possuem tipicamente um tom mais melancólico e triste. Depois disso, depois de criar esta “evocação de uma emoção triste”, toque uma música mais positiva, como por exemplo uma Bossa Nova, e você irá perceber que a tristeza é efêmera, transitória. Que você pode modulá-la com o seu ambiente!
– Quanto você pagaria por fazer o que está fazendo no seu leito de morte?
Quando você está vivendo experiências simples, cotidianas, pense: quanto você pagaria por esta experiência daqui a 30, 40, 50 anos ou no seu leito de morte? Coisas simples como brincar com seu cachorro, estar deitado quentinho embaixo dos cobertores ou tomar aquele banho gostoso? Pense de verdade no valor que você pagaria, se você estivesse encaminhando-se para a morte e não poderia mais fazer isso.
E você? Como você faz para sentir que sua vida está sendo bem vivida? E como acha que pode melhorar ainda mais? Compartilha comigo aqui no e-mail! Estou te ouvindo!
E até a próxima semana para mais uma *Mensagem em Uma Garrafa*, nosso espaço intimista de Autoconhecimento, Crescimento Pessoal e Transcendência para uma vida com mais leveza, propósito, sabedoria e felicidade!
Comentários